I PRÊMIO NACIONAL IDEAL DE LITERATURA - POESIA PREMIADA EM 2010 - COLETÂNIA
Hoje destaco e parabenizo aqui no meu espaço de conhecimento a poesia selecionada de Valdecy Alves para coletânea do I PRÊMIO NACIONAL IDEAL DE LITERATURA e XII Prêmio Ideal Clube de Literatura. Obra lançada no dia 21 de janeiro de 2010. Seu título é: CANTO AO CEARÁ.
Sobre o Autor:
VALDECY DA COSTA ALVES, (pseudônimo ISÔNOMO), advogado, escritor. Já publicou 10 livros, entre romance, poesia e cordéis. Vencedor do II Prêmio Ceará de Literatura em 1995. Menção honrosa no Prêmio Anual de Sorocaba de Literatura em 1992, pelo Romance O Poder, o Ideal e a Miséria. Em 2009 ganhou o prêmio Saberes, pelo conjunto de sua obra, do Município de Senador Pompeu.
Sem dúvida vale apena apreciar essa poesia, que reflete a essência da nossa terra.
Sobre o Autor:
VALDECY DA COSTA ALVES, (pseudônimo ISÔNOMO), advogado, escritor. Já publicou 10 livros, entre romance, poesia e cordéis. Vencedor do II Prêmio Ceará de Literatura em 1995. Menção honrosa no Prêmio Anual de Sorocaba de Literatura em 1992, pelo Romance O Poder, o Ideal e a Miséria. Em 2009 ganhou o prêmio Saberes, pelo conjunto de sua obra, do Município de Senador Pompeu.
Sem dúvida vale apena apreciar essa poesia, que reflete a essência da nossa terra.
CANTO AO CEARÁ
Não sou amigo de Homero
Nem sou parente de Dante
Licença, pois vou adiante
Com nada me desespero
Virgílio me inspira, eu quero
Apoio me dá Camões
Vieira com os seus sermões
E a força de Patativa
Vem Cego Aderaldo e ativa
Razão, sentir, emoções
Com todas as forças penso
Minha mente um reboliço
Protege-me Padim Ciço
Benção de Beato Lourenço
Meu pensar fica então denso
Avisto Frei Damião
Ibiapina dá-me a mão
Enfrento universo inteiro
Ao meu lado Conselheiro
Dos deuses a proteção
Das páginas da Iracema
As brisas da inspiração
E da Normalista, então
O real invade o tema
E de Galeno o Poema
De Raquel a força bruta
Do Quinze que o país enluta
Reforcem minha criação
Fogo à imaginação
Que brote poesia astuta
Paisagem bela e lunar
Na praia de Morro Branco
Vou-lhe confessar sou franco
Jericoacora não há
Igual éden, duna e mar
Serras de Baturité
E de Araripe da fé
Chapada da Ibiapaba
No alto o Ceará se acaba
Ao infinito onde der!
Corre o Rio Jaguaribe
Atravessando o sertão
Em tempos de sequidão
Artéria que não se inibe
Produz riqueza e PIB
Ao norte o Acaraú
Com o Rio Coreaú
São construtores da vida
Às suas margens o homem lida
Irrigando o solo nu
Tem a gruta de Ubajara
Os casarões de Icó
Crato, florestas que só
As dunas que o vento apara
Seco sim, mas não Saara
Lugares dos mais insólitos
Tem Quixadá dos monólitos
Tem mar, serra e sertão
Mulheres belas que são
Senhoras de homens acólitos
Ceará de sol intenso
Nas praias bronzeador
Carrasco no interior
Pai da seca e calor denso
Do sertão sem fim, imenso
Pátria do mandacaru
Banha-o a bica do Ipu
Tem único e ímpar luar
Carnaubais a dançar
Sob céu sem igual azul
Ceará doce Ceará
Do corajoso vaqueiro
Da praia do jangadeiro
Do artesão, renda e cantar
De repentistas a criar
De grandes compositores
Paraíso de escritores
Tapioca e rapadura
Que leva o turista à loucura
Com seu povo, o belo e cores...
Mesmo o cidadão que emigra
Pro Norte ou Sul do país
Kafka eterno infeliz
A distância causa intriga
Mesmo a miséria inimiga
Não o separa da terra
Que seu alicerce encerra
Sempre sonhando voltar
Com vida ou pra se enterrar
Nada atrapalha ou emperra
Tão grande amor instintivo
Não há maior sentimento
O voltar melhor momento
O partir fá-lo inativo
E da saudade cativo...
No Ceará o forasteiro
Seja rico ou sem dinheiro
Que resolve nele morar
Atesta no paraíso estar
O melhor do mundo inteiro!
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